sábado, 19 de março de 2011

Texto 1 - Para discussão em sala de aula: introdução aos conhecimentos da Educação Física

EDUCAÇÃO FÍSICA UMA BREVE INTRODUCÃO

De acordo com a LDBEN (Art. 21), a Educação escolar compõe se de Educação Básica (formada pela Educação Infantil, pelo Ensino Fundamental e Ensino Médio) e da Educação Superior. A Educação Física, é considerada, pela nova LDBEN, componente curricular da Educação Básica, fazendo parte de sua base nacional comum:

                                      ART.26, - 3º A Educação Física integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando se às faixas etárias e às condições da população escolar, sendo facultativa nos cursos noturnos.

A Educação Física enquanto componente curricular da Educação básica “deveria” introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la e transformá-la, abrindo possibilidades para que os alunos venham usufruir do jogo, do esporte, das atividades rítmicas, dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade da vida no ambiente escolar e em sua vida adulta.
Provisoriamente, diremos que a Educação Física é uma prática pedagógica que, no âmbito escolar, tematiza formas de atividades expressivas corporais como: jogo, esporte, dança, ginástica, formas estas que configuram uma área de conhecimento que podemos chamar de cultura corporal
Como surge a Educação física como prática pedagógica?
No âmbito da escola, o exercício físico na forma cultural de jogos, ginástica, dança, equitação surge na Europa no final do século XVIII e início do século XIX. Esse tempo e espaço constituem-se em palco da construção e consolidação de uma nova sociedade - a sociedade capitalista - onde os exercícios físicos terão um papel destacado. Para essa nova sociedade, tornava-se necessário "construir" um novo homem: mais forte, mais ágil, mais empreendedor.
Como a riqueza produzida por essa nova sociedade "pertencia" a poucos, a miséria como seu avesso "pertencia" a muitos: exatamente àqueles que produziam a riqueza exaurindo as forças de seu próprio corpo. Isso mesmo, a força física, a energia física, transformava-se em força de trabalho e era vendida como mais uma mercadoria, pois era a única coisa que o trabalhador dispunha para oferecer no "mercado" dessa chamada "sociedade livre".
Os exercícios físicos, então, passaram a ser entendidos como "receita" e "remédio" julgava-se que, através deles, e sem mudar as condições materiais de vida a que estava sujeito o trabalhador daquela época, seria possível adquirir o corpo saudável, ágil e disciplinado exigido pela nova sociedade capitalista. O trabalho físico, então, na Europa dos anos oitocentos, passa a merecer atenção das autoridades estatais, e liga-se ao tema dos cuidados físicos com o corpo. E é nesses cuidados físicos com o corpo - os quais incluíam a formação de hábitos como: tomar banho, escovar os dentes, lavar as mãos - que se faziam presentes, também, os exercícios físicos, vistos exclusivamente como fator higiênico e cuidar do corpo passou a ser uma fonte de lucro para as classes sociais superiores.
Sendo assim, práticas pedagógicas como a Educação Física foram pensadas e postas em ação, uma vez que correspondiam aos interesses da classe social hegemônica naquele período histórico, ou seja, a classe social que dirige política, intelectual e moralmente a nova sociedade.
            No Brasil, especificamente nas quatro primeiras décadas do século XX, foi marcante no sistema educacional a influência dos Métodos Ginásticos e da Instituição Militar. Nesse período, a Educação Física escolar era entendida como atividade exclusivamente prática, fato este que contribuiu para não diferenciá-la da instrução física militar. Destaca-se que, até essa época, os profissionais de Educação Física que atuavam nas escolas eram os instrutores formados pelas instituições militares.
Nas décadas de 70 e 80 surgem movimentos "renovadores" na Educação Física.  se caracterizam pela presença de princípios filosóficos em torno do ser humano, sua identidade, valor, tendo como fundamento os limites e interesses do homem e surge como crítica a correntes tradicionalistas da Educação Física.Sorriso

Um comentário:

  1. este texto visa a conscientizar os alunos dos possíveis rumos que a Educação Física pode seguir, além disso procurei situar a disciplina como curricular e obrigatória perante a lei e também mostrar as fases possíveis do ensino para que estes alunos consigam visualizar seu estagio, valorizar o momento atual e traçar planos e metas para o futuro na escola.Espero que gostem...

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